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Livia Hasegawa

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Intestino em chamas

Quando o intestino vive refém de inflamações, o fogaréu pode se alastrar e comprometer outras redondezas do organismo — dos olhos às articulações. É hora de se defender de um grupo de doenças cada vez mais frequente e com predileção pelos jovens
Se um único andar de um edifício pega fogo e os bombeiros não são chamados, há o risco de o prédio inteiro ser consumido pelo incêndio. Guardadas as proporções, a história não é tão diferente dentro do corpo humano, sobretudo quando o intestino é o foco das labaredas. Uma dupla de males ateia uma inflamação crônica nesse órgão, o que destrambelha seu funcionamento e propicia retaliações a distância. Estamos falando das doenças inflamatórias intestinais — nome que reúne a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa —, males em ascensão entre adultos jovens e que são alvo de um novo livro destinado aos médicos do país.
O lançamento da obra, organizada pela gastroenterologista brasileira Dídia Cury e pelo seu colega irlandês Alan Moss, ambos pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, é uma oportunidade de voltar os olhos para problemas sérios ainda pouco conhecidos pela população. “As doenças inflamatórias do intestino têm aumentado nos últimos dez anos e acredita-se que isso não seja apenas fruto do maior número de diagnósticos”, afirma Dídia, que também atua na Clínica Scope, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Já foram identificados diversos genes ligados a elas, mas é provável que o estilo de vida favoreça sua erupção e as crises. “Apesar de ainda não conhecermos os mecanismos exatos, o estresse, o tabagismo e a dieta desbalanceada podem influenciar os sintomas e a gravidade do quadro”, aponta Moss.
As estimativas mostram que essas enfermidades são muito mais comuns no Ocidente — e, ao que tudo indica, os hábitos deste lado do globo pesam a favor de novos casos. Além disso, corre a hipótese de que a adoção de medidas de higiene e de extermínio de micro-organismos — desinfetantes, vacinas e por aí vai — repercuta negativamente no corpo de pessoas com propensão a tais doenças. Sem vírus e bactérias para enfrentar, o sistema imune delas passa a descontar na flora intestinal. E aí nasce o incêndio. “Estamos diante de problemas complexos, com diversas manifestações, e que precisam ser acompanhados porque comprometem a qualidade de vida”, alerta Dídia.
Como já adiantamos, um intestino em chamas representa ameaça a outros cantos do corpo. “Tanto a doença de Crohn quanto a retocolite podem ocasionar manifestações fora desse órgão”, afirma a cirurgiã do aparelho digestivo Angelita Habr-Gama, professora da Universidade de São Paulo e médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista. E, por incrível que pareça, às vezes um sinal na periferia aparece antes mesmo do rebuliço dentro da barriga. “Há pessoas com dores nas articulações motivadas pelo problema que só apresentam mais tarde os sintomas no intestino”, conta Dídia Cury. Essa situação nos permite imaginar a dificuldade em fazer o diagnóstico precoce.
As doenças inflamatórias não poupam os olhos, o fígado nem os rins. Até cálculo renal elas patrocinam! “Nessas condições, há muita perda de líquido por causa das diarreias e um aumento na absorção de oxalato, substância que, na urina, pode se transformar em cristal”, explica o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O estado nutricional também é abatido. “Dependendo da região do intestino afetada, temos um prejuízo na absorção de vitaminas e outros nutrientes”, observa o gastroenterologista Renato Duffles Martins, também da Unifesp. São razões de sobra para procurar um especialista se houver suspeita de um dos males.
“Para fecharmos o diagnóstico, recorremos a exames de imagem, de sangue e métodos como a colonoscopia”, informa Dídia. Detectado o martírio, a ciência dispõe de meios cada vez mais eficazes para controlá-lo (veja o quadro abaixo). “É difícil falar na cura dessas doenças, mas estamos aprendendo melhor o papel da flora intestinal e como suas alterações repercutem no processo inflamatório”, avalia Alan Moss. Aliado ao tratamento e ao acompanhamento médico, o estilo de vida pode intensificar o socorro ao intestino — daí a recomendação de seguir um cardápio equilibrado, praticar atividade física, aliviar o estresse e não fumar. “Se o problema está controlado, o indivíduo pode levar uma vida normal”, diz Angelita. Só é preciso ficar atento para que o incêndio permaneça apagado.

INCÊNDIO GERAL

Veja onde as doenças inflamatórias intestinais ressoam

BOCA
A doença de Crohn, em especial, é capaz de disparar aftas recorrentes. Felizmente, tanto para a boca como para o resto do corpo, se o tratamento faz efeito e o intestino volta a estar em paz, todo o organismo fica numa boa.

FÍGADO
As doenças inflamatórias alteram a permeabilidade no intestino e o sangue que passa por lá fica carregado de substâncias estranhas. Quando elas chegam ao fígado, irritam a árvore biliar, complexo de tubos que conduzem a bile. Essa rede fica toda inflamada. E o fígado pode, com o tempo, entrar em falência.

OLHOS
Ainda não se sabe bem o motivo, mas a dupla de problemas inflamatórios propicia desde vermelhidão no globo ocular até quadros de olho seco. Essas condições podem se agravar e levar a lesões que comprometem a visão.

PELE
As doenças inflamatórias intestinais podem causar pequenas lesões de pele, que lembram, inclusive, as erupções típicas da acne. Alguns casos evoluem, no entanto, com manchas escuras que lembram traumas.

RINS
Quando o intestino anda inflamado, há uma maior absorção de oxalato, substância que, na urina, se precipita em cristais. Soma-se a esse fenômeno a perda de líquido induzida pelas diarreias e eis um cenário propício para a formação de pedras nos rins.

ARTICULAÇÕES
Não é incomum ver pessoas com um intestino inflamado reclamando de dores nas juntas. A hipótese é que, em pessoas predispostas, a grande concentração de substâncias inflamatórias no corpo incentive a artrite.

COMO COMEÇAM AS LABAREDAS


Entenda a principal hipótese que justifica a origem das doenças inflamatórias intestinais

1. BOMBARDEIO À FLORA
As defesas passariam a enxergar as bactérias do bem que compõem a flora intestinal como inimigas e recrutam células para destruí-las. Algumas delas liberam substâncias inflamatórias, que acabam atingindo o próprio intestino.

2. FOGO NO TUBO
Com essas moléculas em alta atiçando o incêndio, um processo inflamatório dominaria a parede de alguns trechos do intestino grosso ou delgado. O órgão perderia, então, o ritmo de trabalho e ficaria sujeito a lesões.

DOENÇA DE CROHN
O problema pode acometer o aparelho digestivo da boca ao ânus, mas ataca especialmente o íleo, porção final do intestino delgado, e o cólon, no intestino grosso. Os principais sintomas são diarreias recorrentes, dor, distensão abdominal e náuseas.

RETOCOLITE ULCERATIVA
A doença é restrita ao intestino grosso e agride sobretudo o trecho que se estende do cólon ao reto. Costuma provocar idas constantes ao banheiro, com fezes amolecidas e presença de sangue, além de perda de peso e apetite.

Fonte: Revista Saúde Já

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Atenção mães: baixo consumo de vegetais está associado a maior aparecimento de cáries em crianças

Um estudo publicado no Int J Vitam Nutr Res concluiu que as crianças que consumiam menos vegetais apresentavam mais cáries do que as que não consumiam. O estudo foi realizado com 180 crianças em Taiwan e os autores concluiram que o baixo consumo de vitamina A estava associado mais especificamente com esta menor presença de cáries.
Fica aí mais uma dica para as mães estimularem o consumo de vegetais nos filhos. E não se esqueçam: estimule o consumo do mesmo alimento diversas vezes para as crianças, especialmente os vegetais.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Benefícios do chá verde associado ao exercício

Estudo demonstrou que o consumo de 500ml de chá verde associado com uma atividade física pode aumentar a perda de gordura abdominal (comparado com pessoas que fizeram a mesma atividade física e dieta) e ainda melhorar os níveis circulantes de ácidos graxos livres e triglicerídeos!
Fonte: Maki et al. J. Nutr. 139: 264-270, 2009.